SELECTED EXHIBITIONS


DOG STORY

solo SHOW part of "The Shop of GersainT" cycle WITH ÂNGELA FERREIRA, CATARINA FRAGOSO, ELSA MARQUES, JOÃO FRANCISCO & MIGUEL PACHECO

 31 May - 4 April, 2016 @ Espaço Cultural das Mercês, lisboa (pt)


APREÇO [APPRAISAL]

THREE PERSON SHOW WITH CATARINA FRAGOSO & JOÃO FRANCISCO

10 Dec–16 Jan, 2015/16 @ Zaratan – Arte Contemporânea, Lisbon (PT

No dia 10 de Dezembro às 19 horas inaugura o segundo capítulo do CICLO COMBO com Apreço, uma exposição colectiva de Ana Catarina FragosoHetamoé e João Francisco. Com curadoria da Zaratan - Arte Contemporânea, o CICLO COMBO é um lugar comum, onde dois ou mais artistas confrontam as suas práticas e geram um diálogo estreito cheio de filiações,equivalências e isomorfismos.

A palavra “apreço”, que intitula a exposição, indica um sentimento de respeito e estima, um valor afectivo que se atribui a algum objecto, mas também um derivado de “apreçar”, de indagar ou ajustar o preço de um produto. O universo semântico desta palavra encontra-se entre a qualidade ou valor emocional de algo e a sua quantificação, sendo a última essencial a qualquer transacção comercial. “Apreço” é o ponto de partida para esta exposição onde se entrelaçam três pontos de vista sobre a relação das imagens com o valor, as emoções, os desejos e as ideias que projectarmos nas coisas.

Ana Catarina Fragoso apresenta um conjunto de pinturas sobre madeira recortada que remetem para as moedas de ouro e bronze da antiguidade clássica. Evocando o acto de comprar e coleccionar pintura através de um humor tautológico, os trabalhos dispostos circularmente não só referenciam o universo numismático como assumem (literalmente) a imagem e forma de dinheiro contemporâneo e arcaico. Este é representado em diversas escalas e indistintamente misturado, tal como as referências à história da arte.

Hetamoé apropria-se de e replica desenhos encontrados na internet para abordar o universo do hentai, termo aplicado no Ocidente à BD ou desenhos animados japoneses de natureza pornográfica. Violando o copyright e integridade física e moral de figuras comerciais pré-existentes, estas representações “sem valor” testam os limites do corpo erótico e são aqui “resgatadas” como veículo didático, debitando conceitos ligados à economia do valor e da arte inscritos nos corpos das personagens.

João Francisco apresenta uma série de pinturas de pequeno formato, representando os corpos recém-falecidos de pequenos mamíferos. Estes ratos campestres são ocasionalmente depositados durante a madrugada no tapete à porta de casa pelos seus gatos que, desta forma, lhe oferecem os seus maiores troféus. Tais recompensas não se prendem com o propósito utilitário da alimentação, mas antes com um reconhecimento ou prova de mérito, semelhante aos troféus de caça ou de guerra. 


GROUP SHOW with AFONSO FERREIRA, AMANDA BAEZA, ANDRÉ PEREIRA, RUDOLFO AND SÍLVIA RODRIGUES for the comics festival altcom

QCDA@Altcom'14

 4 - 9 NOVEMBER, 2014 @ MITT MÖLLAN, MALMÖ (SWE)

 

The international release of QCDA #2000 took place at the 2014 edition of the Altcom festival, dedicated to the theme “POSTAPOKALYPS”. In addition to a Chili Com Carne stand, which also carried Clube do Inferno's zines, there was the exhibiton QCDA@Altcom2014, a small group show showcasing originals by QCDA contributors. A parallel series of artist talks at Folkets Park served as official presentation to the QCDA editorial project. This experience was recounted in the zine Malmo Kebab Party, published in 2015 by Chilli Com Carne and Ruru Comix. 

4 - 9 NOV, 2014 @ MITT MÖLLAN, MALMÖ, SUÉCIA | EXPOSIÇÃO COLECTIVA COM AFONSO FERREIRA, AMANDA BAEZA, ANDRÉ PEREIRA, SÍLVIA RODRIGUES E RUDOLFO PARA O FESTIVAL DE BANDA DESENHADA ALTCOM

O lançamento internacional do QCDA #2000 deu-se no Altcom festival de 2014, dedicado ao “POSTAPOKALYPS”. Houve banca da Chili Com Carne, onde também constavam zines do Clube do Inferno, e a exposição colectiva QCDA@Altcom2014, que incluiu originais dos artistas participantes nas duas edições do QCDA, incluindo a Hetamoé e o André. A apresentação oficial do QCDA como projecto editorial foi feito numa série de conversas com os artistas no Folkets Park. A experiência foi relatada no zine Malmö Kebeb Party, publicado em 2015 pela Chili Com Carne e Ruru Comix.


Lightning Riding Waves of Fire

GROUP SHOW BY ASTROMANTA, ANDRÉ PEREIRA, HETAMOÉ AND MAO

SEPTEMBER 12 - OCTOBER 2, 2014 @ EL PEP STORE & GALLERY, LISBON (pt)

This was Clube do Inferno's first group show. Gallery shows usually have us frame our best artwork on the wall, well spaced along a straight horizontal line, so as to not distract or overwhelm the audience. But the specificity of our gallery space—open in an antiquated and fairly deserted mall left to rot after the economic crisis—made us look at art galleries in Akihabara malls. We wanted to occupy all available space as a collective collage of our works and make it overwhelming. André was living in Shanghai and sent us some photos that he swore were proof that the apocalypse had already happened. That would be our working theme as we wrote this wall blurb:

 DO NOT TRUST PEOPLE LIKE US. WE WILL TAKE YOU TO RADIOACTIVE NOWHERES, AND POST-LABOR POST-HUMAN POST-REAL WORLDS, AND AND BURUSERA SHOPS TO BUY USED GIRLS’ GYM UNIFORMS. WE BUILD A MECHA TO KIDNAP YOU AND KISS YOU IN EVERY NHOM NHOM NHOM PLACE, SO YOU CAN NEVER GO BACK WITHOUT FEELING THE SWEET TANG OF BRUTALISM IN YOUR MOUTH. WE REFUTE YOUR AESTHETICS AND DESTROY YOU IN THE MOST SELF-SERVING WAY POSSIBLE. WE FILM YOU IN THE DARK OF NIGHT WITH A FLASHLIGHT AGAINST THE WALL, MEANING: MAD REBLOGS ON TUMBLR. WE ARE, YES, ALL OVER THE PLACE, ADRIFT IN THE GHOSTLY PRESENT, THE PLACE OF PREDATORS. WE ESCAPE TO SHANGHAI. HERE’S HOPING OUR IMPLOSION CREATES INTERESTING UNIVERSES. THAT’S THE PREVENTIVE DEFEATISM OF A PRE-BURNT GENERATION RIGHT THERE. WE ARE ON THE REVERSE OF PANIC. THERE’S NOTHING HISTORY CAN OFFER US. AND WHEN WE’RE FINALLY DONE, YOU WILL KNOW WHY MOTHERFUCKING STORMS ARE NAMED AFTER PEOPLE.

12 SET - 9 NOV, 2014 @ EL PEP STORE & GALLERY, LISBOA | EXPOSIÇÃO COLECTIVA COM ANDRÉ PEREIRA, ASTROMANTA, HETAMOÉ E MAO. 

Esta foi a primeira exposição colectiva do Clube do Inferno. A tradição neste tipo de espaços é colocar molduras na parede, mas nós estávamos mais a pensar nas galerias em centros comerciais de Akihabara: ocupar tudo, ver o espaço mais pobre como uma vantagem. Por esta altura o André estava a viver em Xangai e enviou-nos fotos, que colocámos na exposição. Sobre a cidade, disse-nos que era como o apocalipse já tivesse acontecido. Essa experiência informou o tema da exposição e o texto que escrevemos para acompanhar:

NÃO CONFIES EM PESSOAS COMO NÓS. LEVAMOS-TE A CUS DE JUDAS RADIOACTIVOS, PÓS-LABORAIS PÓS-HUMANOS PÓS-REAIS, E E E A LOJAS BURUSERA PRA COMPRARES UNIFORMES DE GINÁSTICA USADOS POR MIÚDINHAS DO BÁSICO. CONSTRUÍMOS UM MECHA PARA TE RAPTAR E BEIJAR EM TODOS OS SÍTIOS NHOM NHOM NHOM, ATÉ SENTIRES FALTA DO DOCE GOSTINHO BRUTALISTA NA TUA BOCA. FILMAMOS-TE DE NOITE ÀS ESCURAS COM UMA LANTERNA CONTRA A PAREDE, QUER DIZER: MAD REBLOGS NO TUMBLR. ESTAMOS POR TODO O LADO, À DERIVA NUM PRESENTE CHEIO DE FANTASMAS, LUGAR DOS PREDADORES. FUGIMOS PARA XANGAI. PODE SER QUE A NOSSA IMPLOSÃO DÊ UNIVERSOS INTERESSANTES. TÁ AÍ O DERROTISMO PREVENTIVO DUMA GERAÇÃO PRÉ-QUEIMADA. ESTAMOS NO REVERSO DO PÂNICO. NÃO HÁ NADA QUE A HISTÓRIA NOS POSSA OFERECER. E QUANDO ACABARMOS, VAIS PERCEBER PORQUE É QUE AS PUTAS DAS TEMPESTADES TÊM NOME DE GENTE.


MOSTRA'14

GROUP SHOW BY VV.AA.

12 -17 JULY, 2014 @ CENTRAL STATION, LISBON (pt)

First edition of MOSTRA', an event that brings together contemporary Portuguese artists in inhabited spaces in the city of Lisbon. In 2014, it was a floor of the Central Station building in Cais do Sodré, Lisbon. The show featured 52 Portuguese artists, both established and emerging.

Primeira edição da MOSTRA, uma iniciativa que reúne artistas contemporâneos portugueses em espaços desabitados na cidade da Lisboa. Em 2014, foi um andar no edifício Central Station no Cais do Sodré. A exposição contou com a presença de 52 artistas, entre estabelecidos e emergentes.  

 


Lixo Futuro

GROUP SHOW BY AFONSO FERREIRA, amanda baeza, andré pereira, daniela viçoso, hetamoé, paula almeida, rudolfo and zé burnay

July 27 - September 5, 2013                            @ mundo fantasma, porto (PT) 

 

Mundo Fantasma is a comics store with gallery located in the Shopping Center Brasília in Porto, Portugal. This was the chosen spot for an exhibition showcasing works by eight artists from the so-called Portuguese New Wave of Comics. This was their manifesto:  

THIS IS THE LAST GENERATION OF THE LIVING THINGS. AFTER THAT, THERE WILL BE JUST GARBAGE. WORSE THAN WHAT ALREADY EXISTS. WE ARE THE INVERTED BABY BOOMER. WE ARE THE END, THE OMEGA. WE ARE THE BEGINNING OF CHAOS. WE WANT THE APOCALYPSE WITH A PASSION. WE ARE IDOLATERS OF THE GLOBAL VILLAGE. WE USE OUR ART, NOT FOR SALVATION, BUT FOR WOE. WE CELEBRATE THE FUTURE IN THE HOPE THAT IT WILL BE WORSE. THE WORLD IS PAVED WITH PROMISES. WE ACCEPT THINGS AS THEY ARE, NO WORRIES. LET THE PRESENT BE DEAD. WE ARE THE FUTURE’S GARBAGE.

A Mundo Fantasma é uma loja de banda desenhada com galeria situada no Centro Comercial Brasília, no Porto. Foi este o local escolhido para uma exposição onde se exibiram trabalhos de oito artistas associados à chamada "nova vaga da banda desenhada Portuguesa. Este foi o seu manifesto: 

ESTA É A ÚLTIMA GERAÇÃO DE SERES VIVOS. DEPOIS DISTO, SÓ LIXO. PIOR DO QUE JÁ EXISTE. SOMOS UM BABY BOOMER INVERTIDO. SOMOS O FIM, O OMEGA. SOMOS O INÍCIO DO CAOS. QUEREMOS O APOPCALIPSE, COM PAIXÃO. SOMOS IDÓLATRAS DA ALDEIA GLOBAL. USAMOS A NOSSA ARTE, NÃO NO SENTIDO DA SALVAÇÃO, MAS DA CONSTERNAÇÃO. CELEBRAMOS O FUTURO NA ESPERANÇA QUE ELE SEJA PIOR. DE PROMESSAS ESTÁ O MUNDO CHEIO. ACEITAMOS AS COISAS COMO ELAS SÃO, SEM STRESS. QUE MORRA O PRESENTE. SOMOS O LIXO FUTURO.


MASTER'S DEGREE

Jan, 2012 @ FBaUL, lisbon (pt)

Final exhibition of my master's degree in Fine Arts - Painting, at Faculty of Fines Artes of the University of Lisbon (FBAUL).

Exposição final do Mestrado em Belas-Artes - Pintura, na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa (FBAUL).


in the house - Installation

GROUP SHOW BY ANA MATILDE SOUSA, ÂNGELA PEREIRA, CATARINA FRAGOSO, JOÃO FRANCISCO E MIGUEL PACHECO.

@ Library of FCT/UNL, MONTE DE Caparica (pt)

In The House – Instalação was an installation at the library of the Faculty of Science and Technology of the NOVA University of Lisbon (FCT/UNL), included in the project rEvolução Darwiniana (Darwin's rEvolution). Our goal was to (re)create a fantastical and parodic version of Darwin's study, bringing together in an integrated whole our separate works, objets trouvés and scenic constructions made by ourselves specially for the occasion (e.g. handmade wallpaper). The library in which In The House was included eventually won the first prize at publisher Springer's international contest "Evolve Your Library".   

Biblioteca da FCT/UNL, MONTE DE CAPARICA | EXPOSIÇÃO COLECTIVA COM ANA MATILDE SOUSA, ÂNGELA PEREIRA, CATARINA FRAGOSO, JOÃO FRANCISCO E MIGUEL PACHECO. 

In The House – Instalação foi uma instalação realizada na Antecâmara da Sala Multiusos da Biblioteca da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (FCT/UNL), integrada na  rEvolução Darwiniana. Procurámos uma (re)criação fantástica e paródica do gabinete de Darwin, juntando num todo integrado os nossos trabalhos, objets trouvés e construções cénicas da nossa autoria feitas especialmente para a ocasião (e.g. papel de parede). A biblioteca na qual In The House esteve integrada ganhou o 1º prémio no concurso internacional "Evolve Your Library" da editora Springer. 


diorama

8 - 31 OCT, 2009                                                    @ SALA DO VEADO (MNHN), LISBON (PT) 

GROUP SHOW BY ANA MATILDE SOUSA, ÂNGELA PEREIRA, CATARINA FRAGOSO, ELSA MARQUES, JOÃO FRANCISCO E MIGUEL PACHECO.

Exposição colectiva subordinada ao concito de "diorama", realizada na Sala do Veado do Museu Nacional de História Natural. Mais tarde, participámos também na exposição antológica Sala do Veado - Cabiet d'Amateaur. Este foi o nosso blurb: 

"Diz o ditado que no melhor pano cai a nódoa. O pano, em “Diorama”, não é senão a clareza racionalista do sujeito cartesiano – que pensa, logo existe –, cuja identidade, no limiar da primeira década do século XXI, se encontra definitiva e irremediavelmente colocada na perspectiva de uma alteridade. A constatação não é nova (já Rimbaud, em 1871, exclamava «je est un autre»), mas é precisamente enquanto metáfora deste sujeito “alterado”, contraditório, que nos surge, aqui, o diorama: um modelo tridimensional que visa replicar, em tamanho real ou à escala, cenas da vida natural, paisagens urbanas ou eventos históricos, resultando numa tentativa de reconstituição que é sempre desajustada e, arriscamos, perigosamente evocativa do próprio estatuto do objecto artístico no seu ciclo de vida institucional. Neste sentido, é também uma materialização do próprio paradoxo dos mecanismos de divulgação (científica, artística...) ou, no limite, uma sua paródia. Aquilo que é reconstituído é, afinal, o próprio artifício ou, se preferirmos, o fatalismo trágico-cómico de toda a categorização. O diorama, porque compacta o evento histórico ou natural numa montra para que seja comodamente fruído pelo observador, não nos permite o mesmo grau de imersão na intensidade da experiência que observamos, por exemplo, no cinema, gerando um sentimento de alienação que se prende com a evidência flagrante do Espectáculo. O real é evocado, mas nunca vivido, lembrando a tese debordiana de que o verdadeiro é um momento do falso.
 

  Este é, precisamente, o ponto de intersecção de múltiplas contradições procurado em “Diorama”: tentativas falhadas de representar objectivamente, que resvalam num (igualmente falhado) sentimentalismo; estilos e processos tradicionais, do tromp l’oeil ao retrato, da ilustração científica aos modelos tridimensionais, que operam assumidamente no território do faux e do pastiche; uma provocação ladina aos estereótipos do especialista e do amador (lembremos que o diorama é, ele próprio, tanto um veículo de divulgação científica, como uma prática amadorística, ligada a hobbies como o aeromodelismo); densidade intelectual e frivolidade kitsch, peso civilizacional e universo pop, em suma, o conflito entre a autonomia e o impulso universal de agradar ou, enfim, de propiciar um bom espectáculo (o próprio diorama tem as suas origens no entretenimento de massas, no início do século XIX). A Sala do Veado assume-se como uma plaforma ideal para esta exposição, cuja especificidade, no contexto do Museu de História Natural, reforça a evocação do universo disciplinar científico e da necessidade primordial de indagar e conhecer o mundo que habitamos, bem como os laços e divergências que aí se podem estabelecer com a própria natureza do discurso artístico."


others